quarta-feira, 27 de julho de 2011

TECNOLOGIAS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CAMPINA GRANDE

Tecnologias Informação e Comunicação - TICS
                                                                                                                          
TECNOLOGIAS NA ESCOLA
TECNOLOGIAS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CAMPINA GRANDE
Rosilda Maria Silva

As práticas pedagógicas em relação às tecnologias disponíveis nas escolas municipais de Campina Grande se inserem no contexto e na prática de ampliar, produzir e divulgar conhecimentos com o uso de áudio, vídeo, TV., DVD., câmara digital, notebook, computadores, internet, mimeógrafos, retroprojetor, micros system, microfones, carteiras, quadros brancos, lápis para quadro branco e livros, assim como também alguns jogos pedagógicos como xadrez, damas e material esportivo como bolas (de futebol, de vôlei etc.), entre outros, que consideramos como recursos pedagógicos e tecnológicos. Algumas escolas têm sala de informática que funcionam e/ou que, ainda, não estão funcionando, entretanto os professores estão fazendo cursos como o Linux Educacional e o TICS para aprimorarem seus conhecimentos e poder usar, em práticas pedagógicas, as novas tecnologias e programas educativos juntamente com os alunos. As novas tecnologias são usadas para digitação e impressão de atividades, textos, avaliações e documentos da escola, exibição de filmes, documentários e músicas, pesquisa na internet. Observa-se que alguns educadores não percebem que estão se apropriando e fazendo uso das tecnologias como recurso pedagógico, afirmando que não faz uso das tecnologias, embora seja perceptível o uso. Outros educadores afirmam que, muitas vezes, utilizam recursos tecnológicos fora da escola, de uso pessoal e que as escolas públicas precisam disponibilizar e avançar mais em relação aos recursos tecnológicos como recursos pedagógicos para serem utilizados como ferramentas educativas, que favorecem a qualidade e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem e que proporcionem a ampliação de saberes e, por conseguinte, a produção de conhecimentos.

Dados coletados por meio de entrevista com alguns educadores (professores, gestores e técnicos) da Rede Municipal de Ensino de Campina Grande.

  


Prática pedagógica; tecnologias disponíveis na escola; aprendizagem significativa


Prática pedagógica com relação às tecnologias disponíveis na escola e a aprendizagem significativa

Rosilda Maria Silva

A prática pedagógica do professor precisa integrar os conteúdos curriculares, competências, habilidades, às diferentes tecnologias disponíveis na escola e às ações nas quais as tecnologias possam contribuir para a construção de conhecimentos. Sendo assim, os alunos precisam ser preparados para utilizar os sistemas culturais de representação do pensamento que marcam a sociedade contemporânea, o que implica novas formas de letramento ou alfabetização e que não se trata apenas de ter acesso a informações. Mas, saber buscá-las em diferentes fontes e, sobretudo, transformá-las em conhecimentos para resolver problemas da vida e do trabalho.
Blikstein e Zuffo (2001) comentam os “encantos” e “desilusões” que as tecnologias trouxeram a várias áreas. Na educação, os autores criticam que, apesar do potencial positivo, o forte vínculo do propósito educacional com os interesses produtivos capitalistas e defendem que as tecnologias deveriam ser utilizadas, sobretudo, como instrumento de libertação, de engrandecimento da condição humana.
Para Juan Ignacio Pozo[1], na cultura da aprendizagem, que é inerente à sociedade do conhecimento, aprender constitui uma exigência social, que a pessoa constrói na interação com o meio e com o outro. Daí a importância das interações e das situações que favoreçam a reflexão, a tomada de consciência e a reconstrução do conhecimento.
Nesse pressuposto, o professor pode criar situações de aprendizagem com o uso de tecnologias, que sejam significativas para o aluno com as mídias digitais, a fim de criar condições que favoreçam a compreensão da complexidade do mundo, do contexto, do grupo, do ser humano e da própria identidade.
Assim, Almeida (2005), afirma que usufruir das contribuições das tecnologias digitais na escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar, o que significa informações e conhecimentos, num dinamismo de organização, produção e manutenção.
E, portanto, a melhor forma de ensinar e aprender deve propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade de ler e de interpretar o mundo e que o leve, efetivamente, a aprender a aprender de forma significativa.
Nesse pressuposto o papel do Professor é "[...] mais do que ensinar, trata-se de fazer aprender [...], concentrando-se na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem". (PERRENOUD, 2000, p. 139).
Para isso, é necessário que o professor aprenda não somente a operacionalizar os recursos tecnológicos disponíveis nas escolas, mas também a conhecer as potencialidades pedagógicas envolvidas nas diferentes tecnologias e os modos de integrá-las ao desenvolvimento do currículo.
Potencializar um aprendizado significativo para o aluno estrategicamente por meio de projetos favorece a atribuição de sentido para aquilo que aprende. É importante que o professor instigue o aluno a estabelecer relações entre os aspectos presentes na vida pessoal, social, política e cultural; a mobilizar as competências cognitivas, sociais e emocionais já adquiridas, para novas possibilidades de reconstrução do conhecimento, uma vez que o aluno aprende a fazer fazendo, reconhece sua própria autoria naquilo que está produzindo em grupo e/ou individualmente, por meio de questões investigativas que o impulsionam a contextualizar conceitos conhecidos e a construir outros que surjam durante o desenvolvimento do projeto.
Com relação aos conteúdos, Prado (2005) afirma que o trabalho com projeto potencializa a interdisciplinaridade, possibilitando elos entre as diferentes áreas do conhecimento e integra diferentes tecnologias e mídias, mas, para isso, é fundamental que o professor conheça as especificidades das mídias digitais – potenciais e restrições.

Fonte: Módulo – Conteúdo Módulo – Acesso ao Conteúdo Módulo – Unidade 1 - Tecnologia na Sociedade, na Vida e na Escola



[1] REVISTA PÁTIO • Ano 8 • Agosto/Outubro 2004
Juan Ignacio Pozo é especialista em Psicologia da Aprendizagem e catedrático de Psicologia Básica a Universidade Autônoma de Madri (Espanha). E-mail: nacho.pozo@uam.es


Tecnologias na sociedade, na escola e na vida

                           
Tecnologias na sociedade, na escola e na vida
Rosilda Maria Silva

Reflexão                                                                                                

Atualmente a tecnologia tem influenciado práticas sociais de acessibilidade a um novo saber, que faz parte do cotidiano das pessoas de forma direta ou indireta, no trabalho, em casa, na escola e nas mais diversas situações. De forma rápida e instantânea percebemos o uso tecnológico na interação humana, seja para se comunicar, ou mesmo para obter informações, respostas e ou resoluções em práticas sociais.
            O avanço e o acesso às ferramentas, como computador, celular, notebook, net book, ipad, iphone, computador a bordo de um auto, internet com ou sem fio, GPS, coloca-nos diante de mudanças sociais, culturais, econômicas e, precisamente, na educação. Isto implica a constante busca de aprendizado e, também, a busca de informações e conhecimentos que precisamos nos apropriar.
O desafio da educação e, portanto, da escola é formar os alunos para estarem dispostos a aprender continuamente, uma vez que há situações que demandam o uso de novas tecnologias.
Nesse contexto, é preciso que os educadores estejam preparados para instruir e formar o educando, para que saibam lhe dar com o novo e, sobretudo, transformá-lo em conhecimento. Muito mais do que um desafio da escola, é perceptível a exigência da sociedade à tomada de consciência e à ressignificação do conhecimento.
Diante do exposto, entende-se a contribuição que a tecnologia traz à escola e, consequentemente, ao processo de ensino e aprendizagem, uma vez que o mercado de trabalho e a sociedade exigem a apropriação e potencialidades, o que significa mais informações e conhecimentos, num dinamismo de produção.

Parafraseando Fernando Pessoa, devemos aproveitar o novo, extrair o precioso e fazer parte dessa era tecnológica, formalizando o sentido e valioso quebra cabeça que é a vida, bem como construir história.

Fátima Melo e Rosilda Maria Silva

         
              “Aproveitar o tempo!
               Tirar da alma os bocados preciosos – nem mais nem menos –
               Para com eles juntar os cubos ajustados
               Que fazem gravuras certas na história
               (E estão certas também do lado de baixo que se não vê)...”
Fernando Pessoa

QUEM SOU EU COMO PROFESSOR E COMO APRENDIZ?

QUEM SOU EU COMO PROFESSOR E COMO APRENDIZ?
ROSILDA MARIA SILVA
Desde 1993, quando conclui a graduação em Licenciatura Plena em Letras, escrevo e reescrevo o Curriculum Vitae. Memorial, já produzi um, quando concluía a graduação do curso de Pedagogia. Em 2009, produzi um memorial da minha vida, que foi apresentado à coordenação do Programa Gestar II Língua Portuguesa, que podemos definir como uma Formação para Formadores na área de Língua Portuguesa, por meio da parceria entre a Secretaria de Educação, Esporte e Cultura - SEDUC e o Ministério da Educação – MEC, para o processo de conclusão do curso com vínculo pela Universidade de Brasília.
Hoje, mais uma vez, me vejo na incubência de produzir um texto, definindo-me enquanto pessoa: QUEM SOU EU COMO PROFESSOR E APRENDIZ? E para elaborá-lo levei em consideração as condições que possibilitaram a retrospectiva de minha vida pessoal e profissional num contexto social, econômico, político e cultural. Além de considerar este texto autobiográfico, acredito que ele acaba se tornando um instrumento de registro de realizações, conquistas e de sonhos a serem alcançados.
Quem sou?
Enquanto pessoa se não sei da minha existência, não saberei quem sou, ou qual minha origem. Contudo, definir a mim mesma é reconhecer-me como ser que existe e que faço parte de um mundo, de uma história, de um contexto. Sendo assim, sou parte dessa engrenagem maior que me faz ser quem sou e descobrir como me idealizo, ou como se dá minha identidade. Se filosofei, ou não, como diria o grande filósofo Sócrates: “Só sei que nada sei”. O que sei é que sou Rosilda e que não há outro ser igual a mim. Embora, estejamos inseridos num contexto de globalização, em que a ciência se fundamenta e apresenta a clonagem, até então, apenas com animais e não com seres humanos e, portanto, só há uma Rosilda Maria Silva, que sou eu com minhas especificidades e características únicas.
Então, diria que sou uma pessoa determinada, quando ao projetar uma meta, desejo ou sonho e não mim dou por vencida ou fracassada antes de tentar alcançar o que almejo. Muito perfeccionista e, isso, faz com que eu sofra um pouco, porque não tem nada perfeito, nem mesmo o meu ser, assim, surgem algumas barreiras, que dificultam a perfeição. Afinal de contas só tem um Ser perfeito JESUS CRISTO.
Entre tantas e outras características, escolhi essas duas, determinada e perfeccionista, para chegar a minha definição enquanto ser aprendiz. Buscar a perfeição enquanto profissional me fez ser determinada em tudo o que eu aposto ou acredito. Essa busca constante me fez conquistar espaços na vida pessoal e profissional, que muitas vezes nem esperava.
Então, para mim, ser aprendiz é se dispor ao novo, é ir além do que já faz parte da formação do meu ser, de forma identitária vai se constituindo a minha existência e a intelectualidade que a todo tempo somos tomados por ser ou sermos educadores, neste caso, incluo todos que buscam o conhecimento. Com isso, vem a vontade de crescer enquanto ser aprendiz e  a abertura de ser tomado pelo saber, pela ciência e pela literatura no seu sentido mais amplo.
Sou Graduada em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba (1996), tenho Especialização em Educação: Formação do Educador II, pela Universidade Estadual da Paraíba (2000). Atuo como formadora de Língua Portuguesa nos Programas Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR I e II – Língua Portuguesa e Programa de Apoio à Leitura e à Escrita - PRALER, uma parceria entre a Secretaria de Educação, Esporte e Cultura - Campina Grande - PB e o Ministério de Educação e Cultura - MEC/SEB.       
Ser professor, hoje, é um desafio que embate com um sistema educacional brasileiro, que em sua complexidade enfrentamos e, assim, diria que não é fácil, nem difícil, mas que a educação é a mola mestra do sucesso e da evolução dos tempos. O mestre tem que ser mais do que um professor, tem que ser um educador, uma vez que contribuímos com a formação intelectual das pessoas. Como educadora, busco sempre contribuir para a formação intelectual dos que buscam aprender e constituir e adquirir novos saberes, por sermos eternos aprendizes, num contexto de estudos, pesquisas e discussões acerca do conhecimento.
Entre tantos e outros cursos que tenho ou que possa vir a fazer, como é o caso do curso de Tecnologias da Educação: "Ensinando e aprendendo com as Tecnologias da informação e da comunicação Social (TICs)", só posso afirmar que é um conhecimento a mais e de suma importância nesse contexto sociohistórico da era tecnológica e, portanto, de globalização. E se não nos atualizarmos, com certeza, ficaremos excluídos da sociedade a qual fazemos parte e, principalmente do mundo letrado.

Origem
Sou filha de uma família de oito irmãos (quatro homens e quatro mulheres), meu pai, hoje aposentado, comerciante autônomo. Minha mãe, também, aposentada, funcionária pública federal, trabalhava como agente administrativo no Hospital Alcides Carneiro (IPASE), hoje, Hospital Universitário - HU.
Im memória a minha maizinha que tanto amo que se encontra no céu, na presença de DEUS Pai: "A minha alegria é estar no céu, sentindo a presença do Senhor JESUS, suave como o mel! O Espírito Santo me conduz. Sou testemunha do amor de DEUS.  As portas do céu se abriram e ao lado de  JESUS eu canto louvores de Glória!!!!" (Adaptação do texto musical "Estar no céu", de Pe. Jonas Abib)
"Não dá mais pra voltar, o barco está em alto mar/ Não dá mais pra negar/ O mar é Deus e o barco sou eu/ E o vento forte que me leva pra frente/ é o amor de DEUS./ Não dá nem mais pra ver o porto que era seguro/ Eu sou impulsionado a desbravar um novo mundo". (Não dá mais pra voltar, de Pe. Jonas Abib)
              
Minha mãe foi tomada por uma doença muito rara, degenerativa,  conhecida por mielite e chegou a falecer. Mas para mim continua sendo uma grande mulher que ensinou, educou e mim fez ser quem sou. Deixo registrado, aqui, o meu  apreço, carinho, admiração e amor de filha.
Sou natural do município de Juazeirinho, Paraíba, no entanto, moro em Campina Grande, desde criança, aspecto relevante de minha vida, pois foi onde constitui a minha própria existência enquanto pessoa e enquanto profissional. Realizei os meus estudos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I no Instituto Nossa Senhora do Pepétuo Socorro, instituição privada, localizado no bairro do Catolé, local onde hoje funciona o Centro Luiza Motta, um dos Shopping de Campina Grande. O Ensino Fundamental II na Escola de Ensino Fundamental Argemiro de Figueiredo – Polivalente e o Ensino Médio na Esola Estadual Dr. Hortênsio de Sousa Ribeiro, escolas estaduais, embora tenha concluído o 3º ano no Colégio  Alfredo Dantas da rede privada. É interessante ressaltar que sai da escola estadual não por condições financeira, mas porque naquela época os professores da rede estadual estavam em greve e meus pais não queriam que eu me prejudicasse no sentido de não fazer o vestibular.
Sou Graduada em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba (1996), tenho Especialização em Educação: Formação do Educador II, pela Universidade Estadual da Paraíba (2000). Atuo como formadora de Língua Portuguesa nos Programas Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR I e II – Língua Portuguesa e Programa de Apoio à Leitura e à Escrita - PRALER, uma parceria entre a Secretaria de Educação, Esporte e Cultura - Campina Grande - PB e o Ministério de Educação e Cultura - MEC/SEB.